De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado na última terça-feira, a fonte solar fotovoltaica será a principal impulsionadora do crescimento das energias renováveis, promovendo novos ...
De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado na última terça-feira, a fonte solar fotovoltaica será a principal impulsionadora do crescimento das energias renováveis, promovendo novos recordes de instalação anualmente entre 2022 e 2040. O cenário apresentado no relatório faz parte de um estudo da World Energy Outlook, que avalia os impactos sentidos pelo ramo da eletricidade durante a pandemia de Covid-19 e faz previsões quanto ao desenvolvimento do setor nas próximas décadas.
O panorama apresentado no relatório expõe um cenário animador de desenvolvimento sustentável e emissão zero até 2050, levando em conta todas as atuais políticas de transição energética. Nesse novo momento apontado pela instituição, a energia fotovoltaica terminaria 2040 com uma geração anual de 4,813 TWh, superando a geração eólica, que finalizaria o ano com 4,019 TWh.
Apesar do cenário animador para o setor, o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, afirma que somente mudanças estruturais rápidas na maneira em que se produz e se consome energia podem dar fim a tendência de emissões para sempre. “Apesar de uma queda recorde nas emissões globais neste ano, o mundo está longe de fazer o suficiente para colocá-las em declínio decisivo”, disse o diretor.
Ademais, estudo da Agência Internacional de Energia concluiu que, no momento de incertezas trazido pela pandemia, somente os governantes serão capazes de agir para que o cenário positivo apresentado no relatório se torne realidade no planeta. “Eles podem liderar o caminho, fornecendo a visão estratégica, estímulos à inovação, incentivos para os consumidores, sinais de política e finanças públicas que catalisam a ação de atores privados e o apoio às comunidades onde os meios de subsistência são afetados por mudanças rápidas. Nosso futuro energético sustentável e seguro é uma escolha – para consumidores, investidores e indústrias, mas, acima de tudo, para governos”, finalizou Birol.
Por Fábio de Souza
